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domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

Graças a Deus nasci mulher!
Graças a Deus sempre vivi rodeada de mulheres fortes, decididas, corajosas, suaves e delicadas. Mulheres que sabem sorrir, gargalhar, chorar e prantear.
De início, foi minha mãe que me levou no ventre, para nove meses de aula na Faculdade de Odontologia, de Niterói. E, que escolheu a liberdade, quando precisou se separar de meu pai para poder crescer. E, quando resolveu se casar novamente, por amor mais uma vez, mesmo sem o divórcio (era "desquite"), foi atrás de sua felicidade, sem medo e sem descrédito nos homens. Sempre foi uma mulher trabalhadora e nunca se descuidou da casa nem de mim. Ela sempre me incutiu que deveria, em primeiro lugar, estudar e ter uma profissão, que eu deveria me capacitar para poder ter liberdade e ser correta e trabalhadora.
Minha tia Pérola, sua irmã mais velha, foi a primeira mulher a deixar Garanhuns-Pe, para estudar odontologia, em Recife, lá pelos idos de 1940. Foi quase um escândalo na cidade, já que o curso mais elevado que as mulheres faziam era de professora. Afinal, ela estava indo para a capital, para fazer uma profissão de homem, no meio de tantos deles! Meu avô, que era um homem muito evoluído, deu toda a força e a mandou para lá, com todo o seu apoio.
Depois, ela se mudou para Petrópolis-RJ, onde abriu seu consultóro, foi muito reconhecida no meio odontológico, se casou com um dentista, teve um casal de filhos e alguns netos. Foi feliz e prosperou.
Alguns anos depois, todos da famíla materna que ainda moravam em Garanhuns, se mudaram para Niterói, e foi lá que nasci.
Nunca quis ser homem. Sempre me senti muito feliz neste corpo feminino, que "todo o mês sangrava". A menstruação nunca foi impecílio para eu fazer o que quisesse, sempre a vi com naturalidade e gratidão - talvez fosse por isto que ela sempre foi tão pontual e nunca tenha me feito sentir TPM, nem tão pouco cólicas. Para dizer a verdade, só senti cólica umas cinco vezes durante todo o tempo em que ainda não tinha entrado na menopausa.
A menopausa, sempre a esperei como algo normal, como um fim de um ciclo, ou melhor o início de um novo tempo. Houve momentos de desconforto, fluxo fora do controle, muitos calores mas nada que me impedisse de ser feliz, nada que me privasse das coisas que gostava de fazer, nada que me desse um dia sequer de depressão.
Ser mulher é ser feliz com este corpo que recebemos, é nunca perder a dignidade e ter medo de fazer algo que nunca fizemos, é desbravar o novo, é agir com amor e amar nossos maridos, amigos e amigas, é simplesmente ser feliz e fazer feliz ao maior número possível de pessoas.
Ser mulher é muito simples e é o mais complicado de todos os caminhos, mas é sempre um dos melhores caminhos que podemos pecorrer.

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