Passei algumas horas no Instituto Inhotim e realizei um dos meus sonhos! Já fazia uns três anos, que queria conhecer esta maravilha! Saímos de BH de ônibus e, por uma estrada estreita e tortuosa, chegamos a este paraíso. Fica no município mineiro de Brumadinho. O ônibus fica no estacionamento e se conhece todo aquele sítio a pé. Eu estava com um grupo de umas 20 pessoas, todos arquitetos e decoradores, foi um "prêmio" que ganhamos da Líder após conhecermos quase todas as suas fábricas, inclusive a mais nova que fabrica espumas para o seus colchões, mas isto já é outro assunto...
Saindo do ônibus fomos diretos a uma loja tipo de "museu" com produtos como artesanatos, livros e outras delicadezas belíssimas!
De lá, fomos por uma visita guiada, conhecer este tesouro. Os jardins são esplendorosos, não se encontra uma só folha caída no chão. Eles foram realizados com a colaboração e a bênção de Roberto Burle Marx, o projeto não foi dele, mas sente-se "sua" criação em cada modo de se colocar o mais simples pé de planta. Tudo é limpo e tende à perfeição. Em um lugar como este, temos a impressão que estamos em outro continente ou em outra dimensão. Peguei a minha pequenina máquina fotográfica e não parei mais de fotografar. Para cada ângulo que se olha está uma bela surpresa. É aquele banho de beleza para os olhos! Faz bem, muito bem!
Lá está um acervo de arte contemporânea que se destaca em todo o mundo. Fora as obras que ficam no exterior, há vários pavilhões onde existem "instalações" de artistas nacionais e internacionais como Cildo Meireles, Amilcar de Castro, Hélio Oiticica, Adriana Varjão, Dan Graham, entre tantos outros. É um colosso! No interior destes pavilhões não se pode fotografar, mas como em muitos deles as paredes são de vidro acabamos podendo tirar fotos - sou uma eterna "voyeuse". O mais belo destas divisórias de vidro é resultado dos reflexos que mesclam os jardins, lagos e bichos com as obras de arte e a própria arquitetura. A luz cria momentos inusitados. Cada reflexo é de uma beleza tão grande que nos remetem a uma felicidade inexplicável! Como é bom passar algumas horas rodeados de pura arte!
A hora do almoço foi uma festa: o restaurante tem iguarias em uma mesa linda e colorida e a comida é saborosíssima! Muita farta embora frugal. Depois, na hora do lanche, estivemos numa lanchonete que é uma perfeita obra de arte com seu mobiliário anos 50, 60 e 70 e com uma iluminação sui generis.
Depois do almoço, fomos descansar por uns quinze minutos no orquidário. Que coisa boa estar rodeados de flores, água e amigos. Parar um pouco para curtir a natureza nos faz ter a impressão de que o tempo é nosso e ele nos pertence...
E os lagos? São verdadeiros espelhos d'água que refletem todo aquele esplendor. Há muitos patos, gansos e cisnes - nadando ou andando por seu entorno. Entre os cisnes, a maioria é negra o que me fez pensar que nunca, ou quase nunca eu havia visto um deles.
Depois de muito rodar, subir e descer ladeiras com muito sol de verão na cabeça havia cansaço, mas nada que impedisse de querer ficar mais... E não deu tempo de ver tudo. E, talvez, ainda mais um dia vai ser pouco porque, lá, nada existe que seja comum! Em Inhotim tudo é superlativo! Voltarei!...
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