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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

" Tinha uma pedra no meio do caminho..." - Carlos Drummond de Andrade

Acordei pensando em duas paredes de pedra que estão sendo construídas na Casa Cor. Acordei preocupada porque meu amigo, que iniciou as obras de construção de seu espaço prontamente - foi um dos primeiros - e sempre está por lá, no comando, está sofrendo com este muro que não termina. Escolheu belas pedras e constrói estas paredes artesanalmente: quebra as pedras e coloca uma sobre as outras, uma por uma como se o prazo da Casa Cor só terminasse quando suas paredes ficassem prontas... Ele tem consciência do que se passa, sofre com isto, mas não consegue tomar outro rumo... Esta foi sua escolha: "quebrar pedra por pedra e colocar uma por uma formando suas paredes".

É assim, às vezes escolhemos um caminho para percorrer e vamos muito bem até que encontramos uma pedra neste caminho e aí é que temos que escolher qual é a atitude que devemos tomar para continuar.
Quando encontramos esta pedra o que devemos fazer? Tudo depende de parar um pouco, analisar a pedra, verificar onde queremos chegar e resolvermos o que fazer.
Qual o tamanho da pedra? É pequena? Basta abaixar e tirá-la do caminho e prosseguir.
É grande? Alugo uma grua e a retiro do caminho.
É muito grande? Neste caso, é melhor traçar um novo caminho e contorná-la. Quem sabe até chamar uma empresa especializada para explodir a pedra?
É um morro ou um "Himalaia"? Neste caso posso escalar, dar uma volta de balão, construir um túnel...
Há muitas soluções, só basta escolher uma. Escolher significa: vou ter que abrir mão do caminho ou do ritmo que havia traçado antes para prosseguir rumo ao meu objetivo. Vou abrir mão, também, de todas as outras soluções e ficar com uma só. Preciso saber também que, outras vezes, por algum motivo, vou ter que trocar aquela solução por outra - tenho que ser maleável como o bambu, ou como o barro ou como a água que se amolda ao pote.
Quando se tem que mudar, aí está o problema que pode ser de fácil solução ou mesmo insolúvel. Por que? Porque só depende de mim. Se eu estiver atento e com a mente aberta, tomarei a melhor medida, mudarei o rumo, mas prosseguirei sem temor pelo desconhecido. Procurarei ajuda, com humildade, porque muitas pessoas também já passaram pelo que estou passando e poderão me indicar um novo caminho.
O que importa é que eu saiba que não serei vencido porque meu único obstáculo não é aquela pedra mas eu mesmo. Se tenho um inimigo, este sou eu! Por isto, para eu chegar lá, só depende de mim e eu estou no controle!


Maria do Carmo Araujorge

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