Ontem, sexta-feira, 25 de setembro, foi inaugurada a CasaCor - Brasília. Foi festa, pura festa! Muitos beijos, muitos abraços, muitas fotos, muito "glamour"! A poeira que comemos, neste 45 dias de obra já tinha ido ralo abaixo, fazia parte do passado! Todos estávamos muito felizes e com umas becas especiais. Foi muito bom receber os amigos e parceiros no SPA. Cada um que chegava era uma alegria! Tinha um perfume inconfudível no ambiente, um ar fresquíssimo, uma luz leve e suave e os amigos em pequenas levas que vinham trazer seu amor.Os amigos, estes são os nossos maiores tesouros. Conservá-los é imprescindível! Quando trabalhamos, o fazemos para resolver o problema dos outros e deixá-los felizes! Quando fazemos uma mostra como esta, fazemos para alegrar o nosso coração com a safisfação do outro. São tantas as pessoas envolvidas, cada uma com uma característica peculiar, mas todas convergindo para um só intuito - fazer bonito e surpreender! Mas devemos nos lembrar sempre que jamais conseguiríamos realizar esta festa se os nossos parceiros não acreditassem em nós.Lembro que tive que resolver: faço ou não faço este ambiente? E depois de um pouco refletir, resolvi: vou fazer, tudo vai dar certo! Nós, que fazemos um evento deste porte, trabalhamos com espírito de fazer belas parcerias, descobrir novos caminhos, novas pessoas e aprendermos muitas coisas! Por isto, nesta noite especial, iniciamos a colheita dos louros porque estamos sempre rodeados de gente querida!A todos vocês que estão presentes nesta CasaCor comigo, e, àqueles que já estiveram nas outras oito CasaCor passadas, meu muito obrigada! Estão todos na minha memória afetiva e, assim, permanecerão sempre comigo!
Ontem, foi o útimo capítulo da novela, "Caminho das Índias". Como em um passe da mágica, a viúva Maya, ao ver seu amor vivo, se transformou na verdadeira beleza da mulher indiana, pronta para fazer a alegria do marido.Parece com a Casa Cor. Um canteiro de obras barulhento, quente, sujo, e cheio de poeira como um dálit que se transforma em um brâmane silencioso, harmonioso, fresco e limpo de uma hora para outra.Isto é mágica? Não, claro que não! É fruto de muito trabalho, tempo, dedicação e parcerias. Temos que ter muito jogo de cintura, muita flexibilidade e muito tato. Há horas em que para se conseguir um espaço numa régua de tomadas de corrente elétrica é um sacrifício danado! Há impasses que parecem que não vão ter solução, mas tudo se resolve. Às vezes, chego a perder a paciência, mas tenho que reencontrá-la o mais breve possível porque, se não, posso explodir. Aí respiro forte, busco o ar dentro de meu ser, expilo toda a poeira e volto a sorrir. Quanto tempo pode demorar este estado? No máximo, dois a três minutos e isto parece que dura uma eternidade!Mas ontem, levei uma colaboradora essencial, ela limpou tudo tiramos quase toda a poeira e coloquei o ofurô no lugar. Olhando para dentro deste lugar quase pronto, aí está uma vida harmoniosa e feliz! Somos ainda poucos neste estágio, mas até terça-feira (hoje é sábado), cem por cento de nós estaremos, finalmente, com o ambiente completo, belo e pronto para ser fotografado. Esta é a meta: terminar tudo, ou quase tudo até 15 de setembro.Construir a Casa Cor em 30 ou 40 dias, para ser demolida em pouco mais de 45 dias é um ato de coragem e, principalmente, de desapego. Todos sabemos que esta mostra é provisória e tem vida curta, como o nosso próprio corpo, mas que tudo tem que beirar a perfeição pois, somente desta forma, poderemos dar muitas alegrias a todos que se dispuserem a vistá-la.Com ótima vibração de amor, entregaremos para o público nosso trabalho a partir de 26 de setembro até 04 de novembro. Com meus parceiros novos e de sempre, estou fazendo o SPA e tem muita coisa bonita para se ver! Venham curtir!
Acordei pensando em duas paredes de pedra que estão sendo construídas na Casa Cor. Acordei preocupada porque meu amigo, que iniciou as obras de construção de seu espaço prontamente - foi um dos primeiros - e sempre está por lá, no comando, está sofrendo com este muro que não termina. Escolheu belas pedras e constrói estas paredes artesanalmente: quebra as pedras e coloca uma sobre as outras, uma por uma como se o prazo da Casa Cor só terminasse quando suas paredes ficassem prontas... Ele tem consciência do que se passa, sofre com isto, mas não consegue tomar outro rumo... Esta foi sua escolha: "quebrar pedra por pedra e colocar uma por uma formando suas paredes".É assim, às vezes escolhemos um caminho para percorrer e vamos muito bem até que encontramos uma pedra neste caminho e aí é que temos que escolher qual é a atitude que devemos tomar para continuar.Quando encontramos esta pedra o que devemos fazer? Tudo depende de parar um pouco, analisar a pedra, verificar onde queremos chegar e resolvermos o que fazer.Qual o tamanho da pedra? É pequena? Basta abaixar e tirá-la do caminho e prosseguir. É grande? Alugo uma grua e a retiro do caminho.É muito grande? Neste caso, é melhor traçar um novo caminho e contorná-la. Quem sabe até chamar uma empresa especializada para explodir a pedra? É um morro ou um "Himalaia"? Neste caso posso escalar, dar uma volta de balão, construir um túnel... Há muitas soluções, só basta escolher uma. Escolher significa: vou ter que abrir mão do caminho ou do ritmo que havia traçado antes para prosseguir rumo ao meu objetivo. Vou abrir mão, também, de todas as outras soluções e ficar com uma só. Preciso saber também que, outras vezes, por algum motivo, vou ter que trocar aquela solução por outra - tenho que ser maleável como o bambu, ou como o barro ou como a água que se amolda ao pote.Quando se tem que mudar, aí está o problema que pode ser de fácil solução ou mesmo insolúvel. Por que? Porque só depende de mim. Se eu estiver atento e com a mente aberta, tomarei a melhor medida, mudarei o rumo, mas prosseguirei sem temor pelo desconhecido. Procurarei ajuda, com humildade, porque muitas pessoas também já passaram pelo que estou passando e poderão me indicar um novo caminho. O que importa é que eu saiba que não serei vencido porque meu único obstáculo não é aquela pedra mas eu mesmo. Se tenho um inimigo, este sou eu! Por isto, para eu chegar lá, só depende de mim e eu estou no controle! Maria do Carmo Araujorge